terça-feira, 14 de junho de 2022

 

Nota: Por vontade própria este texto foi escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico de 1945



  
                                                                                  D. Dinis (1261.1325)                                                D. João III (1502-1557)

                                            


 
Alternadamente entre Lisboa 1290 e Coimbra 1537
1290 Lisboa; 1308 Coimbra; 1338 Lisboa; 1354 Coimbra; 1377 Lisboa; 1537 Coimbra (definitivamente)


UC, com 737 anos, é uma das Universidades mais antigas e mais características do Mundo.
Pelo seu património, difusão mundial da cultura e do saber foi classificada em 2013 como PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE.
Foi fundada por El-Rei D. Dinis, em 1 de Março de 1290, com o nome de Estudos Gerais.
A bula do Papa Nicolau IV, datada de 9 de agosto de 1290, reconheceu o Estudo Geral, com as faculdades de Artes, Direito Canônico, Direito Civil e Medicina.
Foi transferida para Coimbra, para o Paço Real da Alcáçova, em 1308.
Em 1537 foi transferida definitivamente para Coimbra por decisão de D. João III,

Com mais de sete séculos, a Universidade de Coimbra conta com um património material e imaterial único, peça fundamental na história da cultura científica europeia e mundial.
Paço das Escolas e Rua da Sofia património classificado como Património Mundial da Unesco em 22 de Junho de 2013.


1290 - Estudos Gerais (Studium Generale) fundados em Lisboa por D. Dinis em 1290, transferida para Coimbra em 1308, fixada definitivamente na Lusa-Atenas em 1537. 
Durante este período funcionou alternadamente em Lisboa e Coimbra e é uma das quinzes instituições universitárias europeias do século XIII. 

Cadeiras: Artes, Direito Canônico, Direito Civil e Medicina, reservando-se a Teologia aos conventos Dominicanos e Franciscanos.


A Universidade ficava dentro da Porta da Almedina, perto da Alcáçova Real, onde ficaria depois o Colégio de S. Paulo e o Teatro Académico...
Depois passou para os “Estudos Velhos” espaço onde hoje encontramos a Biblioteca Geral.
Ao longo dos tempos sofreu grandes reformas de que destacamos as dos reinados de D. João III, D. Manuel, D. João V e D. José.
Reformas não só de ensino como a nível de património adquirido e construído.

Nota
Durante dois séculos e meio (1290-1537) a Universidade, funcionou entre Lisboa e Coimbra. Tendo começado em Lisboa no ano de 1290, em 1308 já estava em Coimbra; voltou; à capital em 1338 e regressou à cidade do Mondego em 1354; de novo em Lisboa em 1377 e finalmente regressa e definitivamente a Coimbra em 1537.
 
CRONOLOGIA BREVE

1309 - Primeiros Estatutos “Charta Magna privilegiorum”
1431.-.Aparecem os graus universitários de bacharel, licenciado e doutor.
1537.-. D. João III instala definitivamente a Universidade em Coimbra.
1544 -. Todas as faculdades são reunidas no Pateo das Escolas
        1559 -.Entra em funcionamento a Universidade Jesuítica de Évora
1597: Aquisição do Paço da Alcáçova a D. Filipe I, por 30 mil cruzados, o qual passou imediatamente a designar-se Paço das Escolas.
        1759—Extinção da Universidade Jesuítica de Évora
1772 -.A UC recebe os “Estatutos Pombalinos”
1772.- Criada a Faculdade de Matemática e de Filosofia Natural
1772.-.Núcleo inicial do Jardim Botânico 
1836.-.São fundidas as Faculdades de Leis e Cânones na nova Faculdade de Direito. 
1911 - Estatutos Republicanos
1911 - Criada a Faculdade de Letras
1911 - Criada a Faculdade de Ciências por junção da Faculdade de Matemática e de Filosofia Natural
1911.-.Criadas as Universidades de Lisboa e Porto)
1921 - Criação da Faculdade de Farmácia.
1942 - 1969 - Grande alteração no “campus universitates” na Alta Universitária de Coimbra.
1948: Inauguração do edifício do Arquivo da Universidade.
1951: Inauguração do edifício da Faculdade de Letras e Observatório Astronómico.
1956: Inauguração do edifício da Biblioteca Geral e da Faculdade de Medicina.
1961: Inauguração do complexo do Estádio Universitário, margem esquerda do Mondego.
1969: Inauguração do edifício destinado à Secção de Matemática. Crise académica.
1972: Transformação da Faculdade de Ciências na Faculdade de Ciências e Tecnologia.
1972: Criação da Faculdade de Economia
1980: Criação da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. 
1992 - Inicio das obras do Polo II da UC. Faculdade Ciências e Tecnologia. Alto S. João
1997.-.Criação da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física.




O edifício designado por Palácio Real foi construído no final do séc. X, servindo como alcáçova do governador da cidade durante o domínio muçulmano.
Canadas e camadas de História ao longo dos seus mais de mil anos….
Berço dos 5 primeiros reis de Portugal.
Em 1131 passaria a ser a primeira residência real portuguesa, habitada por D. Afonso Henriques. primeiro rei de Portugal.
Em 1537, durante o reinado de D. João III, a Universidade foi transferida definitivamente de Lisboa para Coimbra, tendo sido instalada neste edifício em 1544.
 

 SELO -  BRASÃO


Selo desde 1309  estabelecido na Carta Magna Privilegiorum.
Figura bíblica da “SAPIÊNCIA” que após a denominação de Paço das Escola, séc. XVI, figura que se multiplicou  por todos os espaços do Paço das Escolas: Paço Reitoral, Porta Férrea, vestíbulos dos Gerais, Porta de Minerva, Pórtico Central da Via Latina... e nos mais variados tipos de materiais: alvenaria, madeira, ferro…
O primeiro testemunho gráfico do selo surge depois de 1537.
A exacta composição é dado pelos Estatutos Filipinos de 1591 Legenda: da Figura ”Insígnis vniversatatis Conimbrince”.
O elemento gráfico actual foi aprovado para “Universidade de Coimbra” ; sigla .UC. com moldura de um ponto à esquerda e outro à direita.




SELO DA UC -Em 4 de Novembro de 1555 aparece uma referência completa ao selo da Universidade: «Selo que é de prata e tem a figura da Sabedoria com uma esfera na mão, e umas letras ao redor que dizem ‘Per me reges regnant el legum conditores decernunt». Era Chanceler o Dr. Manuel da Costa, Lente de Prima.

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PORTA FÉRREA 

(Obra nobre maneirista 1634)

Porta Férrea  -  exterior

Basta passar pela Porta Férrea para darmos um salto de muitos séculos no tempo e entramos no Paço Real da Alcáçova - Paço das Escolas a partir de 1597 . o coração da Universidade.
Se Guimarães é o Berço de Portugal, Coimbra é  Maternidade desde 1109.Aqui, neste Paço, nasceram os cinco primeiros reis de Portugal.
A porta actual é do segundo terço do século XVII - 1634
Ao centro, no topo, tanto do interior como do exterior, aparece a figura da Sapiência
Na porta exterior, por debaixo e ao centro a figura de D. João III, no interior a figura de D. Dinis.
Lateralmente no portão de entrada estão representadas, as faculdades de Leis e Medicina  e no portão de saída as de Teologia e Cânones. 

 
Porta Férrea  -  interior




UNIVERSIDADE de COIMBRA - Porta Férrea - exterior


CAPELA de SÃO MIGUEL

 A capela de São Miguel com bastante certeza substitui um oratório do século XII do Paço Real. É obra manuelina do século XVI de Marcos Pires e Diogo de Castilho

Capela-mor com as paredes laterais revestidas a azulejo no ano de 1613.

A pintura do teto está datada dos fins do século XVII e é de Francisco F. de Araújo.

 


As origens da Real Capela de São Miguel remontam ao séc. XI, após a conquista da cidade aos Mouros, em 1064. A sua configuração atual data do séc. XVI, do reinado de D. Manuel. A decoração, nomeadamente a azulejaria, foi aplicada ao longo do século XVII. No interior destaca-se igualmente o majestoso órgão ibérico, com cerca de dois mil tubos, instalado entre 1733 e 1737.

Hoje em dia continua a ser utilizado nas cerimónias religiosas e concertos.

 

Real Capela de São Miguel



Real Capela de São Miguel  -  Altar Mor


BIBLIOTECA JOANINA

Biblioteca da Universidade mas também de Coimbra e de Portugal

A mais bela Biblioteca

 Universitária do Mundo


Em Julho de 1717 foi colocada a primeira pedra da CASA DA LIVRARIA que mais tarde viria a ser conhecida por "Biblioteca Joanina"
Biblioteca barroca inaugurada em 1728, em memória de D. João V..
Como Biblioteca da Universidade funcionou até meados do século XX quando em 1962 abriu a Biblioteca Geral já no exterior do Paço das Escolas.
O edifício é composto por 3 pisos: (contados a partir da base das Escadas de Minerva)
Piso Nobre, - Biblioteca
Piso intermédio -  Começou por servir de apoio aos archeiros que vigiavam a prisão académica e após 1834 funcionou como depósito dos livros que eram lidos no “piso nobre” Este espaço encontrava-se dedicado ao trabalho com o livro antigo: limpeza, restauro e catalogação.  As escadas que hoje ligam os dois pisos da Biblioteca foram apenas construídas em finais do século XIX e sem a nobreza e ostentação do “piso nobre”. Os acabamentos dos dois pisos inferiores são simples e sem a preocupação de criar espaços com a beleza do Piso Nobre.
Piso Prisão Académica A função de cárcere académico terminou em 1834 e passou a servir de depósito de livros, sobretudo dos livros vindos dos Colégios Universitários após a sua extinção.
O "piso nobre" tem três salas: A primeira pintada a ouro com fundo preto, a segunda pintada a vermelho e a terceira a verde.
Todas estas salas têm 2 andares com estantes.
As salas da Biblioteca são revestidas de estantes em madeira de carvalho, tectos pintados onde se vêem os continentes, paredes com cenas de vida do Oriente, estantes douradas de madeiras do Brasil e sobretudo os muitos milhares de volumes entre os séculos XVI e XVIII (cerca de 60  mil, todos editados até ao ano de 1800) que contam a história do conhecimento nos vários domínios científicos e entre eles um exemplar da primeira edição dos Lusíadas e uma Bíblia Hebraica de 1104.




SALA dos CAPELOS ou

SALA GRANDE DOS ACTOS

O espaço mais importante da Universidade de Coimbra..

Foi antiga Sala do Trono entre 1143 e 1383 e Palácio Real da 1ª dinastia.
Aqui  decorreram episódios importantes da História de Portugal como a aclamação do rei D. João I em 1385 nas Cortes de Coimbra.
Com a instalação da Universidade no Paço, este espaço tornou-se a principal sala da Universidade de Coimbra, pois é aqui que se realizam as cerimónias mais importantes da vida académica.
A configuração atual resulta da renovação que foi realizada em meados do século XVII. As paredes foram revestidas com lambris de azulejos “tipo tapete”, fabricados em Lisboa. O tecto, com 172 painéis de madeira apresentam motivos representando monstros marinhos, índios, sereias...

SALA dos CAPELOS - Sala de defesa de Tese de Doutoramento 

O candidato ao doutoramento deve apresentar-se devidamente trajado com o hábito talar (calça preta ou saia, para as senhoras, batina, camisa branca, capa preta comprida e sapatos pretos) perante o júri, que também enverga vestes talares.
Após a prova, o novo Doutor dirige-se de novo à Sala dos Capelos para solicitar ao Reitor as insígnias doutorais: a Borla (pequeno chapéu que simboliza a inteligência) e o Capelo (pequena capa curta de seda e veludo que simboliza a ciência), ambos da cor correspondente à Faculdade que concedeu o grau académico.
Toda a cerimónia é acompanhada pela Charamela.
È também na Sala dos Capelos que decorrem as cerimónias de doutoramentos " honoris causa ".

INSÍGNIAS

 

BORLA.-. Simboliza a inteligência. … barrete de graduação universitária de estrutura cilíndrica


CAPELO.-. Simboliza a ciência  … pequena capa/colete  curto de murça em seda e veludo

ANEL -  Material:  Ouro e Pedra Preciosa. … Antigamente até tinham a função de  sinete


 Todos e cada um na cor correspondente à Faculdade que outorga o grau académico. 



CHARAMELA 

Doutoramento Honoris Causa de António Guterres Calcar para ver


Na Universidade de Coimbra, a importância da música vem da Idade Média

Charamela é o conjunto de trombetas, instrumentos de sopro inicialmente de madeira e depois metal, acompanha os préstitos e toca na Sala Grande dos Atos, nas cerimónias da Abertura Solene das Aulas, na imposição de Insígnias e nos Doutoramentos Honoris Causa.

 


Formação musical de origem medieval, com número variável de charameleiros, que na sua origem usava charamelas, trombetas e atabales, reconfigurada na época barroca (traje e trombetas) e na época liberal (libré militar, hinos). Tem como missão anunciar as cerimónias universitárias em espaço público e privado, garantir a sua execução segundo as minutas de protocolo elaboradas pela Reitoria da UC e anunciar a presença do Magnifico Reitor ou de altos dignitários.

Até 1910 actuava a pé, a cavalo e em viaturas de aparato nas receções aos chefes de estado, aberturas solenes, colações dos graus de licenciado, mestre e doutor, investidura dos reitores, deslocações da UC aos novenários e procissão da Rainha Santa Isabel e em todos os eventos de gala participados pela UC.

Na colação dos graus, tocava ainda de véspera às portas dos candidatos, padrinhos e reitor, e acompanhava os candidatos aos recintos onde tinham lugar as cerimónias.

 INDUMENTÁRIA: 

Durante a Idade Média e a Renascença, o traje de gala dos charameleiros ibéricos foi a cota ou opa agaloada. No século XVIII, em pleno cerimonial barroco, o traje de charameleiro foi reformado, com introdução das librés agaloadas à francesa (casaca e tricórnio). No século XIX, o traje de gala sofreu influências do protocolo napoleónico e militar.

Desde a década de 1890 que o traje é constituído por sapatos pretos; calça comprida em lã azul ferrete; casaca em lã zul ferrete, de corte direito, com punhos e colarinhos agaloados de ouro, avivada nas cores de estado; colete do mesmo tecido e cor; camisa branca; laço de seda branca; luvas. Em todas as fotografias conhecidas desde finais do século XIX, os charameleiros figuram com cabeça descoberta, embora fosse próprio desta libré o napoleão de feltro preto ou o képi.  O traje do maestro, quando não académico, tem sido a casaca de grande orquestra, e quando académico, o hábito talar.

 Na actualidade apenas as universidades de Coimbra e de Salamanca continuam a utilizar tocadores de charamelas e de trombetas nas grandes solenidades. 


SALA DAS ARMAS

 

GRA = Guarda Real Académica 

Sala dos Infantes

Espaço para guardar as armas da antiga Guarda Real Académica
Actualmente espaço de guarda das armas dos archeiros (guardas académicos) que garantiam a segurança do Reitor,  Professores,  Estudantes e Funcionários.
Contígua a esta divisão fica a SALA AMARELA, paredes amarelas para honrar a Faculdade de Medicina.




Corpo dos archeiros com grande uniforme napoleónico e alabarda.

O uniforme, reformado logo após a implantação da República em Portugal, evidencia sinais de erosão: acentuado encurtamento das abas da casaca, cuja bainha subiu da linha do joelho para a meia perna formando uma espécie de minissaia; o desaparecimento das meias brancas de seda, agora em preto ordinário e o desaparecimento do bicórneo.

ARCHEIROS

 A Guarda Real dos Archeiros é o corpo de guardas que tradicionalmente garantia a segurança do perímetro urbano integrado na área de jurisdição da Universidade.
Conhecidos como Verdeais, a partir de 1836 passaram a ser designados por Archeiros, embora nunca tivessem usado o arco. (archo).
No dia-a-dia usavam uma farda de tipo militar muito singela. A farda de trabalho, consagrada em meados do século XX é ainda hoje utilizada pelos archeiros.
É constituída por casacão cinzento avivado de verde, calça igualmente cinzenta, boné de pala e espada.
Junto à Porta Férrea, os archeiros acolhem diariamente os milhares de turistas que visitam o Paço das Escolas.
Nos dias de gala, os archeiros vestem o grande uniforme que complementam com espada e alabarda.

ALABARDAS

As alabardas, espécie de lança de longa haste terminada em ferro largo e ponteagudo atravessado por uma lâmina geralmente em forma de meia lua ou machado, usam-se erguidas, à exceção do que acontece durante os cortejos fúnebres em que seguem derreadas. O uniforme é complementado por um chapéu bicórneo de feltro preto.

 


TORRE da UNIVERSIDADE

Torre da Universidade  -  Ex-libris da Universidade e da cidade de Coimbra

Elemento arquitectónico alto, elegante e garboso (dixit Simões de Castro)

A torre actual dividida em 4 corpos substituiu uma outra torre sineira do séc. XVI, atribuída a João de Ruão e demolida no século XVIII. 

Espaços divisórios da torre:

1º Corpo Entrada; 2º corpo Escadaria (3+2 janelas); 3º Corpo Sinos; 4º Corpo Relógios.  No topo  pátio gradeado / miradouro. 

Torre da Universidade, torre setecentista (1728-33) com uma deslumbrante vista de 360 graus sobre Coimbra e arredores marca o ritmo da cidade com os seus 4 famosos sinos: 

SINOS DA TORRE

a “cabra” de 1741, do lado Oeste voltado para o Mondego toca pelas 8h30 da manhã para as aulas e ao fim da tarde para os caloiros recolherem a casa.

Em Coimbra “a cabra” não é a fêmea do bode mas muito simplesmente um sino que anuncia o começo e o final das aulas 

o “cabrão” 1824 virado a Norte, toca às 18h30 

o “balão”  de 1561 virado a Nascente é o maior de todos e toca nos actos solenes da Sala dos Capelos e em momentos especiais. 

dos “quartos” tange quando morre algum Lente.


A "Cabra"  sino mais famoso da Torre





GERAIS

 

Um dos espaços mais importante da Faculdade de Direito,

Espaço junto à Torre:

Piso térreo - Bar 

1º Piso - Salas de aula e sala de leitura dos alunos

2º Piso - Gabinete dos Professores, Sala de Informática

Topo - Auditório

Topo - Rés-do-Chão - Via Latina - Instituto Jurídico


A RAPOSA DOS GERAIS 



Dos Gerais da Faculdade de Direito ao corredor de acesso à Via Latina, encontra-se um dos azulejos mais famosos e mais sacrificados da UC, a famosa “Raposa”, que os estudantes chutavam para afastar o chumbo (rapozos = chumbos), tornando-se esta uma das mais famosas lendas da universidade.

Atualmente a raposa está protegida por um vidro, dado a sua grande deterioração. 


VIA LATINA

 


Designa-se Via Latina à longa varanda, com uma elegante colunata neoclássica ao centro, do século XVIII, da fachada principal do antigo Paço Real e Via Latina porque aqui a língua oficial, à época,  era o Latim.
Foi construída no reinado de D. João V e a configuração actual remonta a 1773. 
Consta de uma escadaria central circular de dois tramos e duas escadas laterais, uma junto à Porta Férrea e a outra no lado oposto  que sobe da base da Torre para os Gerais e que permitem o acesso ao Paço Reitoral, Sala dos Capelos e  Gerais.

O nome, Via Latina, deriva da língua oficial do ensino na Universidade de Coimbra até à Reforma Pombalina de 1772 ser o Latim. 
Nesta época o Português substituiu o Latim como língua oficial de ensino.

O frontão central domina todo o conjunto com as armas reais ao alto e ao centro e no topo a figura da Sabedoria.
A escadaria central em semicírculo é actualmente um local que os estudantes e visitantes escolhem para fazerem fotos de recordação. Fotos com a Torre como fundo são outra panorâmica que ninguém perde na sua visita à Universidade.



 ESCADAS DE MINERVA

 


Escadas de Minerva  acesso ao Pátio da Universidade pelo lado poente.

À Esquerda o edifício Joanino da Biblioteca de 3 pisos:

Piso Nobre Biblioteca,   Piso Intermédio   e   Piso da Prisão Académica


Escadas de Minerva 

As Escadas de Minerva foram edificadas em 1725 sob direção de Gaspar Ferreira, em função da construção da Biblioteca Joanina.

São uma segunda entrada para o Pátio e Paço das Escolas.



Ao centro a estatueta de Minerva; do lado direito o edifício Joanino da Biblioteca com 3 pisos, ao fundo a Capela de Santo António e ao longe. no horizonte, o Convento de Santa Clara-a-Nova já na margem esquerda do Mondego.


SAPIENTIA EDEDICAUTE

Estatueta de Minerva 



Escadas de Minerva e ala poente do edifício da Biblioteca Joanina,

Sala Intermédia e Prisão Académica.

 

ARCA-CARTÓRIO DA *UC*

 

No Arquivo da Universidade de Coimbra  (AUC) há uma arca ou burra feita em ferro apresentando uma fechadura com três fechos.
Esta preciosa arca cuja construção foi ordenada D. João III, pela Carta Régia de 27 de Dezembro de1540 tinha por finalidade guardar os documentos universitários e entre outros a Bula de anexação de seis igrejas do Padroado Real ao Padroado da Universidade.
Acrescentava ainda que nessa arca deveriam ser guardados não só esse documento como todos os outros documentos régios que fossem enviados à Universidade, garantia de seus privilégios.


A Arca-Cartório tinha três fechaduras e só podia ser aberta com as três chaves.

:* uma na posse do Reitor da Universidade, 

* outra na posse do lente de Prima de Cânones e 

* a terceira na posse do bedel e escrivão do Conselho da Universidade.

 


 CURIOSIDADE 

O Couto Mixto (microestado independente até ao Tratado de Lisboa de 1864, do Norte de Portugal) também tinha uma arca deste mesmo tipo para guarda dos documentos importantes do Couto.

Pode espreitar aqui


ESTATUTOS

                           

1309 - 2019


1309 - Primeiros Estatutos  com o nome "Charta magna privilegiorum"

1431- Segundos Estatutos D. João I

1503- Terceiros Estatutos D. Manuel I (No fundo foram os primeiros, conhecidos também por Estatutos Manuelinos.) 

1544 - Quartos Estatutos de D. João III, enviados pelo Rei a Frei Diogo de Murça, perderam-se nunca entraram em vigor.

1559 - Quintos Estatutos D. Sebastião    

1591 - Sextos Estatutos Domínio Filipino

1772 - Estatutos Pombalinos criam as Faculdades de Matemática e de Filosofia Natural (Ciências) e reformam os estudos da Medicina.


1911 - Reforma da Universidade e criação das Universidades de Lisboa e Porto

1989 - Estatutos actualmente em vigor

2008 - Publicação dos novos Estatutos da Universidade de Coimbra,

2019 - (Despacho Normativo nº 8/2019) Última alteração dos Estatutos  e no Anexo II Republicação dos Estatutos da Universidade de Coimbra (Diário da República, 2ª série - Nº 55 - 19 de Março de 2019)




 

 

  Nota: Por vontade própria este texto foi escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico de 1945                                                 ...